A hérnia umbilical é uma condição bastante frequente que pode impactar indivíduos de diversas idades, desde os recém-nascidos até os adultos. Apesar de geralmente não ser séria, pode provocar desconforto e, em determinadas situações, necessitar de tratamento cirúrgico.
Neste artigo, você vai entender o que é hérnia umbilical, suas causas e as opções de tratamento. Leia mais!
O que é hérnia umbilical?
Uma hérnia umbilical ocorre quando um segmento do intestino ou tecido abdominal passa por uma fenda ou região debilitada na parede abdominal, situada na área do umbigo. Isso leva a uma proeminência ou inchaço perceptível nessa região.
O que causa essa condição?
A hérnia umbilical surge devido a uma debilidade ou falha na musculatura abdominal, especificamente na área do umbigo. Os motivos diferem entre bebês e adultos, e estão ligados a elementos que elevam a pressão intra-abdominal ou dificultam a cicatrização natural do cordão umbilical.
Causas em bebês:
– Fechamento incompleto do anel umbilical: No decorrer do desenvolvimento fetal, ocorre uma abertura no cordão umbilical nos músculos abdominais. Depois do nascimento, essa abertura costuma fechar por si só. Se isso não acontecer completamente, pode levar a uma hérnia umbilical.
Causas em adultos:
– Debilitação da parede abdominal: Isso pode acontecer com o envelhecimento ou por causa de doenças que comprometem a integridade dos tecidos.
– Pressão intra-abdominal elevada: Elementos que elevam a pressão na cavidade abdominal podem provocar a projeção dos órgãos pela região mais vulnerável, associado a fatores como obesidade, gravidez, esforço físico excessivo, tosse crônica ou cirurgias anteriores.
Principais sintomas de hérnia umbilical
Os sintomas da hérnia umbilical variam de acordo com o tamanho da hérnia e se ela está causando complicações. Em diversas situações, particularmente em crianças, ela pode não apresentar sintomas. Entre os sintomas que devem ser observados estão:
Sintomas em crianças
- Surge como uma elevação indolor na área do umbigo, que se torna mais visível ao chorar, tossir ou fazer esforço.
- Normalmente não provoca incômodo ou outros sinais.
Sintomas em adultos
- Pode provocar incômodo ou até mesmo dor, particularmente durante exercícios físicos ou esforço abdominal.
- Em circunstâncias severas, podem ocorrer complicações como o aprisionamento (quando a hérnia não pode ser diminuída) ou o estrangulamento (quando o fluxo sanguíneo é interrompido), causando dor intensa, inchaço e alteração de cor na proeminência.
Quais são as opções de tratamento para essa condição?
O manejo da hérnia umbilical é determinado pela idade do paciente, pela extensão da hérnia e pela existência de sintomas ou complicações.
Método conservador: Sugerido para hérnias pequenas ou sem sintomas, especialmente em pacientes com contraindicações cirúrgicas devido à idade avançada, condições crônicas ou alto risco de cirurgia. Diminuir atividades físicas que elevam a pressão na região abdominal e manter acompanhamento médico regular para monitoramento são recomendações efetivas.
Método cirúrgico: O procedimento cirúrgico é a solução final, recomendada para hérnias que não se curam por conta própria ou que apresentam complicações. Indicações para hérnia com sintomas fortes, de grande dimensão ou com potencial para complicações.
Quais são as opções cirúrgicas para hérnia umbilical?
– Hernioplastia: O médico sutura a fenda no músculo abdominal.
Recomendada para pequenas hérnias.
– Hernioplastia com utilização de tela: A parede abdominal é reforçada com uma tela cirúrgica, um material sintético.
Prevalece em adultos e hérnias de maior dimensão, para evitar recaídas.
– Cirurgia aberta ou laparoscópica:
Cirurgia aberta: Abertura direta na hérnia, apropriada para hérnias simples.
Cirurgia laparoscópica: Método minimamente invasivo que proporciona uma dor reduzida e uma recuperação mais acelerada.
Como são os cuidados pós-operatórios?
Depois da operação, o êxito do tratamento está atrelado aos cuidados apropriados para favorecer a recuperação e evitar complicações. Esses são os principais cuidados que se deve ter após cirurgia de hérnia umbilical:
- Preservar a limpeza e a secagem do local.
- Alterar os curativos de acordo com as instruções do médico.
- Notar indícios de infecção, tais como vermelhidão, inchaço, dor forte ou secreção.
- Uso de medicamentos analgésicos receitados.
- Prevenir qualquer esforço na região abdominal que possa provocar desconforto.
- Descanso nas semanas iniciais.
- Deixar de levantar peso ou fazer atividades físicas intensas por aproximadamente 4-6 semanas.
- Gradualmente, retomar atividades leves, de acordo com a autorização médica.
- Alimentação balanceada para prevenir a constipação, que pode provocar dor abdominal.
- Nutrição apropriada.
- Manter a ferida seca até que o médico autorize, normalmente entre 48 e 72 horas.
- Depois de liberado, é necessário limpar o local com água e sabão neutro.
Quais são os riscos de não tratar a condição?
A falta de tratamento para uma hérnia umbilical, particularmente em situações com sintomas ou risco de complicações, pode resultar em consequências graves. Apesar de muitas hérnias umbilicais em crianças menores se curarem por conta própria, em adultos e situações complexas, a ausência de tratamento pode levar a riscos consideráveis.
O não tratamento de uma hérnia umbilical pode resultar em complicações sérias, como:
- Crescer o tamanho da hérnia, tornando a correção mais difícil.
- Encarceramento, com o tecido preso na abertura do abdômen, provocando dor e possibilidade de problemas.
- A interrupção do fluxo sanguíneo pode resultar em necrose e infecção séria.
- Infecção intestinal, resultando em problemas para evacuar e náuseas.
- Infecções mais severas, como peritonite ou sepse.
Essas circunstâncias podem afetar a qualidade de vida e, em circunstâncias críticas, ameaçar a vida. Tratar a hérnia de forma precoce, principalmente em indivíduos adultos, evita tais complicações e proporciona uma solução permanente.
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