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Vesícula biliar: Quando é necessário cirurgia?

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A vesícula biliar é um órgão minúsculo situado abaixo do fígado, cujo papel é guardar a bile. A saúde da vesícula biliar é essencial para uma digestão eficiente, contudo, podem ocorrer complicações, como cálculos biliares e inflamações, que podem necessitar de assistência médica.

Neste artigo, você entenderá o que é vesícula biliar, qual sua função e quando será necessário operar.
Boa leitura!

O que é vesícula biliar e qual sua função?

A vesícula biliar é um órgão pequeno, semelhante ao formato de uma pera, situado abaixo do fígado, na parte direita do abdômen. Ela integra o sistema digestivo e se liga ao fígado e ao intestino delgado através de canais denominados ductos biliares.

A vesícula biliar tem como principal função o armazenamento e a concentração da bile, um líquido de cor amarelo-esverdeada produzido pelo fígado. A bile desempenha um papel fundamental na digestão, principalmente na fragmentação e absorção de gorduras.


Quais são os principais problemas que afetam a vesícula biliar?

De modo geral, a vesícula biliar pode ser acometida por diferentes condições que comprometem sua capacidade de armazenar e liberar a bile de forma adequada.

Dependendo da gravidade, que pode variar de quadros leves até situações mais complexas, essas alterações podem exigir acompanhamento médico e, em alguns casos, intervenção cirúrgica. Entre os problemas mais frequentes relacionados à vesícula, destacam-se:


Cálculos Biliares:
Pedras capazes de provocar dor, inflamação e complicações, como a pancreatite.

Colecistite: Inflamação da vesícula, geralmente provocada por cálculos, acompanhada de dor severa e febre.

Coledocolitíase: O acúmulo de cálculos no ducto biliar comum impede a passagem da bile, resultando em icterícia e infecções.

Pólipos: Nódulos na vesícula; quando superiores a 1 cm, podem sinalizar um risco de câncer.

Câncer de vesícula biliar: É incomum, ligado a inflamações persistentes e cálculos, geralmente diagnosticado em fases mais avançadas.

Discinesia biliar: Falha no funcionamento da vesícula, resultando em dor e dificuldade digestiva.

Vesícula de porcelana: Calcificação da vesícula que aumenta o risco de câncer.

Quais são os sintomas de problemas na vesícula biliar?
Dor abdominal severa, particularmente na parte superior direita ou no centro do abdômen;
Náusea e diarreia;

Inchaço na região abdominal ou sensação de completo após a refeição;

Icterícia (coloração alaranjada da pele e olhos);

Fezes claras e urina escura;

Calor e febre (sinalizando uma possível infecção);

Má digestão, particularmente de alimentos ricos em gordura;

Desaparecimento do apetite ou sensação de desconforto geral.


Quando a cirurgia é indicada?

A operação de retirada da vesícula biliar, é recomendada principalmente para pacientes com cálculos biliares sintomáticos, que provocam dor intensa e contínua, particularmente após a ingestão de alimentos ricos em gordura. Ademais, situações como a colecistite aguda, que se caracteriza pela inflamação da vesícula, dor contínua, febre e perigo de infecção séria, também justificam a necessidade de intervenção cirúrgica. Essas circunstâncias podem resultar em problemas graves, como perfuração ou infecção generalizada, exigindo a realização de uma cirurgia para salvaguardar a saúde do paciente.



Além das indicações mais comuns, outras condições também justificam a cirurgia. Por exemplo, na coledocolitíase, pedras bloqueiam o ducto biliar comum. Já na pancreatite biliar, os cálculos provocam inflamação no pâncreas. Nessas circunstâncias, a equipe médica recomenda a intervenção cirúrgica para prevenir novas ocorrências e evitar complicações mais sérias. Por isso, é essencial que o profissional avalie cuidadosamente o momento mais adequado para realizar o procedimento.

Além disso, os médicos também indicam o procedimento para pólipos na vesícula com mais de 1 cm, devido ao risco aumentado de malignidade. Por fim, a cirurgia se torna necessária nos casos de vesícula em porcelana, uma condição rara que eleva significativamente o risco de câncer.



Finalmente, o câncer de vesícula biliar, apesar de ser incomum, é um sinal direto para a sua remoção, normalmente em combinação com outros tratamentos contra o câncer. Em geral, quando os cálculos são assintomáticos, a cirurgia só é indicada se houver um risco elevado de complicações, como ocorre, por exemplo, em pacientes com diabetes ou outras condições associadas. Nessas situações, a decisão pela intervenção cirúrgica deve ser cuidadosamente avaliada, levando em conta o contexto clínico de cada paciente. De maneira geral, a escolha do tratamento é sempre individualizada, considerando os sintomas apresentados, os riscos envolvidos e o estado geral de saúde.



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Quais os métodos cirúrgicos disponíveis?

Colecistectomia laparoscópica: Método mais utilizado, minimamente invasivo, ideal para situações menos complexas.


Como é realizada a cirurgia?

O procedimento de colecistectomia laparoscópica é realizado da seguinte maneira:


Preparação pré-operatória

O paciente se alimenta e é submetido à anestesia geral. Realizam-se previamente exames clínicos e de imagem.


Realização da colecistectomia laparoscópica:

– Realizaram-se de 3 a 4 pequenos cortes no abdômen.
– A equipe médica insere gás no abdômen para expandi-lo, o que facilita a visualização dos órgãos.
– Em seguida, utiliza uma câmera e instrumentos cirúrgicos para remover a vesícula biliar com precisão.


Após a cirurgia

Recuperação rápida com alta no mesmo dia, porém é necessária a limitação de atividades e ajuste inicial na alimentação.


Como é a recuperação pós cirúrgica?

A recuperação após a colecistectomia varia de acordo com o método utilizado. Quando os médicos realizam a cirurgia por laparoscopia, o paciente costuma se recuperar no mesmo dia, podendo retomar atividades leves em 1 a 2 semanas. Por outro lado, quando a equipe opta pela cirurgia aberta, o processo de recuperação avança de forma mais gradual. Geralmente, o paciente recebe alta entre 2 a 5 dias após o procedimento, e o retorno total às atividades pode levar de 4 a 6 meses.

Durante esse período, o paciente deve evitar atividades físicas, manter as incisões limpas e secas, além de observar possíveis sinais de infecção, como febre, vermelhidão ou inchaço. Em ambos os tipos de cirurgia, a alimentação no início deve ser leve, com restrição de gorduras, e gradualmente evoluir para a dieta habitual. Além disso, o acompanhamento médico regular é fundamental para garantir uma recuperação rápida e sem complicações.


É possível viver sem vesícula biliar?

Sim, podemos viver completamente sem a vesícula biliar. A remoção deste órgão, não compromete o funcionamento do sistema digestivo. Após a cirurgia, o fígado segue produzindo bile, mas passa a liberá-la diretamente no intestino delgado, ainda que em quantidades menores.

A maioria dos indivíduos se adapta bem à falta da vesícula, contudo, alguns podem experimentar efeitos transitórios, como diarreia ou problemas na digestão de alimentos ricos em gordura. Adotar mudanças na alimentação, como evitar comidas gordurosas e fracionar as refeições ao longo do dia, ajuda a aliviar os sintomas. A longo prazo, a maioria dos pacientes consegue manter uma rotina normal, sem limitações significativas.

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